Press - Miscellaneous
29th September 2004
Mention in the "Tendências" Section, Rock Sound #21 (Portuguese edition)
Elevar o Nível de Existência
Discretamente chamando a atenção, os ThanatoSchizO têm preenchido o seu som com o passar dos anos. "Turbulence" representa mais um avanço qualitativo na carreira da banda que começa a dar que falar um pouco por toda a parte.
Com "InsomniousNightLift" e o contrato com a editora britânica Rage of Achilles começaram a circular por revistas tão conceituadas como a Kerrang ou a Metalhammer. Agradaram e isso deu-lhes um novo fôlego para avançar com uma força revigorante rumo a "Turbulence".
Na altura em que promoviam o registo anterior, revelaram à Rock Sound que começaram a escrever o álbum que lançam agora. Consumidos pela força criativa, colocam mais algumas peças no topo do jogo de Lego e mostram-nos o melhor trabalho da carreira. Pé ante pé, melhoraram a imagem, prepararam uma faixa multimédia, construíram uma base de filmagens pensando num futuro DVD e cresceram enquanto músicos. Aos poucos, o jogo tornou-se mais seguro e coeso.
Desde 1998 que se mantêm ligados à música. Mudaram de nome, cultivaram influências e já são vistos por alguns como "o futuro do doom metal". O futuro é agora e as primeiras reacções começam a soar, novamente, de forma favorável. Sob um cenário de destruição, apresentam uma escrita apurada para vestir a condizer. Vagueando por caminhos de desolação, rebuscando o obscurantismo, a melancolia e as distorcidas linhas da existência. O sexteto percorre essas vias mantendo Opeth debaixo de olho, repescando lágrimas passadas do doom que traçou os contornos da banda. A voz feminina está cada vez mais bem enquadrada. Opera uma interessante passagem entre guturalidade e limpidez no duo vocal. Aqui reside boa parte do segredo guardado para construir a parte ambiental. Os pormenores estão mais apurados, embora por vezes haja um excesso de sons e pequenos detalhes.
"Turbulence" já se tornou um dos melhores discos de 2004, dentro do campo do metal português. A imagem que nos fica é a de um colectivo de cabeça erguida, de olhos presos no céu investigando pistas mais elevadas para o próximo passo a dar em termos de musicalidade.
Dora Carvalhas
Elevar o Nível de Existência
Discretamente chamando a atenção, os ThanatoSchizO têm preenchido o seu som com o passar dos anos. "Turbulence" representa mais um avanço qualitativo na carreira da banda que começa a dar que falar um pouco por toda a parte.Com "InsomniousNightLift" e o contrato com a editora britânica Rage of Achilles começaram a circular por revistas tão conceituadas como a Kerrang ou a Metalhammer. Agradaram e isso deu-lhes um novo fôlego para avançar com uma força revigorante rumo a "Turbulence".
Na altura em que promoviam o registo anterior, revelaram à Rock Sound que começaram a escrever o álbum que lançam agora. Consumidos pela força criativa, colocam mais algumas peças no topo do jogo de Lego e mostram-nos o melhor trabalho da carreira. Pé ante pé, melhoraram a imagem, prepararam uma faixa multimédia, construíram uma base de filmagens pensando num futuro DVD e cresceram enquanto músicos. Aos poucos, o jogo tornou-se mais seguro e coeso.
Desde 1998 que se mantêm ligados à música. Mudaram de nome, cultivaram influências e já são vistos por alguns como "o futuro do doom metal". O futuro é agora e as primeiras reacções começam a soar, novamente, de forma favorável. Sob um cenário de destruição, apresentam uma escrita apurada para vestir a condizer. Vagueando por caminhos de desolação, rebuscando o obscurantismo, a melancolia e as distorcidas linhas da existência. O sexteto percorre essas vias mantendo Opeth debaixo de olho, repescando lágrimas passadas do doom que traçou os contornos da banda. A voz feminina está cada vez mais bem enquadrada. Opera uma interessante passagem entre guturalidade e limpidez no duo vocal. Aqui reside boa parte do segredo guardado para construir a parte ambiental. Os pormenores estão mais apurados, embora por vezes haja um excesso de sons e pequenos detalhes.
"Turbulence" já se tornou um dos melhores discos de 2004, dentro do campo do metal português. A imagem que nos fica é a de um colectivo de cabeça erguida, de olhos presos no céu investigando pistas mais elevadas para o próximo passo a dar em termos de musicalidade.
Dora Carvalhas
