Metal no Feminino
Na continuação da troca de ideias com vocalistas femininos, a vocalista dos ThanatoSchizo, Patrícia que nos vai dar conta da sua evolução, do crescimento da banda e do aumento de...mulheres no meio.Quando começaste com a banda, quem eram os ThanatoSchizO para ti?
Como estive desde o início com a banda, nunca tive uma perspectiva, digamos, exterior da mesma. Musicalmente nasci e cresci dentro dela, por isso nunca houve grandes mistérios relacionados com a envolvência mística da banda.
Como vês a banda antes e depois da tua entrada?
A minha entrada veio acrescentar algo que parecia faltar no som. Através das letras e da minha voz, o universo de ThanatoSchizO expandiu-se e cobriu novos horizontes, explorando mundos diferentes.
Até que ponto achas que o dedo feminino pode mudar a música de uma banda?
O acréscimo de elementos ao som habitual de uma banda tem sempre efeitos, daí que a inclusão de um elemento feminino, seja em que secção for, tem sempre um impacto. Este depende, claro, da relevância que esse elemento possa vir a ter ao longo do percurso da banda em questão.
Não achas que está completamente afastada a ideia de que as vozes femininas apenas participam de forma lírica ( no que à voz diz respeito)?
Sem dúvida e cada vez mais. As bandas começam a aperceber-se que o caminho a seguir é inovar e isso verifica-se mais imediatamente ao nível da voz. As vozes líricas começam a parecer um bocado ultrapassadas, uma vez que há outro tipo de voz mais emotivo e menos técnico que emprestam à música uma ambiência muito mais rica e viciante.
Ainda assim o nosso país já detém um grande número de vocalistas femininas no underground. A que se deve este facto?
Talvez porque se começa a aperceber que o tal toque feminino é uma mais-valia, algo que acrescenta riqueza ao som.
Não achas que há géneros de música que não passam sem uma voz feminina...assim como os teclados eram importantes há um par de anos atrás?
Não gosto de classificar as coisas dessa maneira. Os rótulos não me dizem absolutamente nada, por isso não acredito que existam géneros que não passem sem uma voz feminina. É delimitar um tipo de música, quando nele devia reinar a liberdade de experimentação e divagação.
