Press - Interviews
31st March 2008
Interview for Hard'n'Heavy
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Contem por palavras vossas os passos mais importantes da banda
Guilhermino:
Eu atribuiria os nossos passos mais importantes a cada um dos lançamentos que tivemos. Se o EP “Melégnia” serviu para marcar território e para, logo aí, mostrarmos a nossa diferença, o primeiro álbum – “Schizo Level” - e, consequentemente, o primeiro contracto discográfico acabaram por ser decisivos na importância que esta banda iria assumir na nossa vida. Entretanto chegámos a acordo com a independente inglesa Rage of Achilles (que descobriu grupos como Frost, Cult of Luna, Anaal Nathrakh ou Omnium Gatherum) para a edição do nosso segundo álbum “InsomniousNightLift” e a responsabilidade de fazer mais e melhor pesou sobre os nossos ombros. O passo seguinte foi “Turbulence” que acabou por ser o nosso álbum mais bem sucedido até à data e agora chega a vez de “Zoom Code”. No fundo, todos estes registos foram importantíssimos porque de uma forma espontânea deram origem ao álbum seguinte. Na prática, cada um dos nossos CDs é uma resposta às experiências do álbum anterior, acrescido da vivência que entretanto registámos.

Têm uma invejável experiência com editoras estrangeiras. Pontos positivos e pontos negativos?
Guilhermino:
Todas as experiências com editoras estrangeiras têm sido positivas, até por nos permitirem perceber o estado actual do panorama musical. Houve situações menos positivas como o fim abrupto da Rage of Achilles quando nos preparávamos para lhes entregar o master de “Turbulence” ou, mais tarde, os eternos adiamentos da Burning Elf face à edição internacional desse mesmo álbum.De qualquer forma, tudo isto serviu para nos acautelarmos e para, no presente, procurarmos discutir o melhor contrato possível com a italiana My Kingdom Music.

Fazem ideia de quantos álbuns já venderam no estrangeiro? E em Portugal?
Guilhermino:
É uma pergunta ingrata, porque ao fim de dez anos acabamos por não ter bem noção dos valores. De qualquer forma, sinto que a importância que atribuímos aos nossos lançamentos, o extremo cuidado que devotamos à embalagem, ao grafismo e a todos os pormenores têm sido bem recompensados por parte do público.
Basicamente, e perdoe-se-nos a imodéstia, as pessoas já sabem que um lançamento dos ThanatoSchizO terá pormenores de requinte e bom gosto e isso tem-se reflectido ao longo dos anos. A prova disso é o volume de pré-encomendas que temos tido do novo álbum.

Porque mudaram o logótipo?
Guilhermino:
Essencialmente sentimos que “Zoom Code” era um álbum de ruptura. Não de negação do nosso passado, mas, mais do que nunca, um álbum de mudança. Talvez o álbum da maturidade dos ThanatoSchizO.
A opção por um novo logótipo acaba por ser uma extensão estética dessa linha de pensamento e serve para marcar este registo.

Sentem-se confortáveis a tocar heavy progressivo? Que mais influências têm?
Guilhermino:
O progressivo é um estilo que nos diz imenso. Não o progressivo “masturbatório”, mas sim o progressivo “exploratório”. Desde o início nos interessámos por explorar novos caminhos e não ficar presos a fórmulas que já foram repetidas vezes sem conta. Como todos ouvimos música tão variada (do metal ao rock progressivo, da world music ao trip hop, da electrónica ao ambient, etc) e nunca tivemos o mínimo problema em trazer essas influências para a nossa música, é natural que o resultado final acabe por espelhar essa variedade que, contudo, tentamos que tenha nexo e não conflua numa simples e imatura manta de retalhos.

Se tivessem de escolher uma banda de eleição para repartirem palco, quem escolhiam?
Guilhermino:
Penso que qualquer um dos 6 elementos de ThanatoSchizO te responderia de forma diferente a essa questão. Se tentar pensar numa banda ainda em actividade que seja unânime entre nós vêm-me à ideia os Porcupine Tree e poucas mais.

Costumam tocar alguma versão? Porquê?
Guilhermino:
Não é costume nosso. Penso que a única vez que isso aconteceu foi num concerto acústico na Fnac de Cascais onde tocámos a “Over Your Shoulder” dos Antimatter.
De qualquer forma, num concerto de ThanatoSchizO é natural haver referências a outras bandas nalgumas das jams que integramos a meio de um ou outro tema.

Como vai ser a digressão em 2008?
Guilhermino:
Estamos a planear uma série de concertos e já temos algumas datas na calha. Vamos inclusivamente fazer algumas visitas a Espanha e talvez não nos fiquemos por aí. Basicamente estamos abertos a convites que, aliás, já nos começam a chegar nesta fase.

Projectos para o futuro?
Guilhermino:
No imediato, promover ao máximo o álbum, nomeadamente, na estrada. Em termos de projectos a médio prazo há uma série de ideias que temos estado a maturar e que, a seu tempo, trataremos de confirmar em termos públicos. Por ora, a nossa concentração está em “Zoom Code” como compreenderás.

Deixem uma mensagem aos nossos leitores.
Guilhermino:
Espero que possam dar uma oportunidade ao nosso novo álbum e, caso o apreciem, o adquiram pelos meios de distribuição normal ou através do nosso site www.thanatoschizo.com. Se procuram música desafiante e cinematográfica, provavelmente vão gostar de “Zoom Code”, o nosso manifesto artístico

5 CDs + 1 EP
€45.00 / $58.50
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